ALIENAÇÃO PARENTAL: VER LEI Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010. Uma História de Alienação Parental - do que estamos falando? É possivel viver assim? Do Manual de sobrevivência do filho alienado. Sobreviver é necessário, Viver seria melhor! HISTÓRIA CONTADA EM CORTES E LAPSOS DE TEMPOS.
Sejam bem vindos nessa casa, onde despida de qualquer pudor, ouso ser eu mesma!
Sejam bem vindos nessa casa, onde despida de qualquer pudor, ouso ser eu mesma!
Que ela possa ter alguma valia para quem lê, estuda , sente e vive a questão aqui tratada. E que de alguma forma minha experiência possa orientar. Sem medo, mostro meu caminho, o caminho que estou seguindo no desejo de ser feliz no desejo de estar bem e viver bem e no desejo de que um dia , possam todos em um nivel melhor e mais elevado de consciência, estarmos numa mesma vibração de amor e respeito uns aos outros! E que sejam bem vindos todos os filhos desse universo e que todos os pais sejam um dia iluminados com o poder do verdadeiro amor filial. O amor é assim: sem egoismos, sem orgulhos, sem pudores, feito criança ele apenas sente...por enquanto é isso!
http://www.youtube.com/watch?v=WBSAVK2xLgU
decidi colocar esse link: DA MULHER INVISIVEL porque todos que estão a trabalho da alma e não pelo ego, são invisíveis!
Que ela possa ter alguma valia para quem lê, estuda , sente e vive a questão aqui tratada. E que de alguma forma minha experiência possa orientar. Sem medo, mostro meu caminho, o caminho que estou seguindo no desejo de ser feliz no desejo de estar bem e viver bem e no desejo de que um dia , possam todos em um nivel melhor e mais elevado de consciência, estarmos numa mesma vibração de amor e respeito uns aos outros! E que sejam bem vindos todos os filhos desse universo e que todos os pais sejam um dia iluminados com o poder do verdadeiro amor filial. O amor é assim: sem egoismos, sem orgulhos, sem pudores, feito criança ele apenas sente...por enquanto é isso!
http://www.youtube.com/watch?v=WBSAVK2xLgU
decidi colocar esse link: DA MULHER INVISIVEL porque todos que estão a trabalho da alma e não pelo ego, são invisíveis!
quinta-feira, 28 de abril de 2011
serpentequemente: ETERNIDADE
serpentequemente: ETERNIDADE: "Te queria sempre aqui, ao meu lado, sempre comigo. Mas a vida não permite esses caprichos, chega uma hora, cada um vai para um lado, cuidar ..."
domingo, 3 de abril de 2011
CAPITULO VI - LANÇANDO-SE AO MAR DA VIDA! CORAGEM PARA ENCONTRAR O PAI!
E a vida mais uma vez lançou-se em seus mistérios...
E o telefone tocou...hum...demorando a atender....eis que: Alô? Por favor o "Georgetti" está? Quem quer falar? (ops...não pensei...fala que é a filha dele ...quase desligando...do outro lado eis que surge uma voz imponente e grave: Alô, filha? Tudo bem?...ham..tudo...é que não sei se sabe...estou morando aqui na cidade agora...e queria saber se posso passar uma hora ai no escritório pra gente conversar...sei lá...queria te ver...(segurando o choro) posso?
Marcaram uma tarde, não lembra Malu se foi no primeiro dia do telefonema ou não...mas ela foi até lá.
O lugar onde o pai trabalhava era dentro da casa de um tio e o escritório ficava ao lado. Um sobrado, uma escada pelo lado de fora...era ali que tinha que entrar...
Foi sozinha - olhou bem essa escada e pensou em voltar desistir, não saberia se iria conseguir subir todos os degraus, por medo, e se fosse novamente rejeitada? Sei lá, nessa hora passam pela mente infinitos pensamentos, infinitos medos, mas infinitos desejos e mais forte que tudo isso foi a coragem e decidiu subir degrau por degrau tentando imaginar como seria e como estaria e como a receberia, seu pai!
O escritório cheio, e viu que todos a olharam...uma grande sala , todos em suas mesas sem nenhuma parede e ela entrando ali sendo observada através dos olhares, ora surpresos, ora assustados, não sabe mais descrever o que sentiu...entrando mais um pouco veio aquele homem grande a recebê-la. Sinceramente Malu não se recorda da forma com que foi recebida, não sabe se já foi abraçada, como foi recebida, impressionante! Só sabe dizer que sentiu que aquele homem que era seu pai estava lá em sua frente, em pé e a sensação foi que estendeu as mãos, acha.. que a abraçou...acha...mas o fato é que ele estava lá e de alguma forma as ações dele foram de receptividade não rejeição...parece que estaria desejando esse encontro também.
Afinal se abraçaram e só havia choro!
O que falaram? esquece! Não importa! Só choraram!
A impressão foi de que o escritório inteiro chorou!
Esse foi o primeiro contato de fato depois de muitos anos . Durante a separação Malu lembra que algumas poucas vezes, crê que duas ou três vezes, eles tentaram se ver, mas a sensação era terrivelmente desconfortável. Malu lembra de uma casa, uma garagem , ela encostada na parede, ao lado de um carro, devia ter uns 9 anos...e não conseguia se comunicar, não conseguia falar, chegar, dizer, sentir. Todas as palavras e sentimentos haviam dado um nó na garganta e no coração, consequentemente na alma! Seu pai havia se transformado em uma corrida de obstáculos e como era pequena se sentia muito baixa para alcançar e transpor esses obstáculos, e ele com certeza não conseguia chegar também. Era um desconforto imenso, tanto é que após algumas tentativas as visitas cessaram por completo . E assim se seguiu o resto da infância, o inicio da adolescência e assim até àquele momento descrito acima. Malu com dezoito, agora!
Criou-se um vácuo , vácuo de luz , de amor, de cumplicidade, de amizade, de paternidade, vácuo intransponível vácuo esse que feito planetas inabitados lá dentro também não havia nenhuma forma de vida! porque não havia amor, luz e ar! Esse vácuo persistiu por muitos anos em sua vida. O buraco negro que nem a física quântica pode explicar!
E então finalmente o encontro! Deu-se em 1986.
Ano do inicio da faculdade
Ano do primeiro namorado
Ano da primeira casa
Ano do primeiro trabalho
Ano do inicio de uma nova vida.
Uma vida diferente
Um caminho diferente
Não que seja uma nova vida, mas finalmente uma vida que Malu estava "escolhendo" , será?!
CAPITULO - V - ONDE ESTÁ MEU PAI? JOGAR-SE AO MISTÉRIO DO CORAÇÃO!
Malu pensou: Estou aqui e ele também , na mesma cidade...e como disse antes...criando coragem, e a despeito de todos os medos, de todos os estados sombrios de dentro d'alma, a despeito de tantas dores, de tamanha rejeição dentro do coração....tomou ar e a coragem e o impulso em procurá-lo foi maior que tudo.
Toc toc toc...meu Deus abençoe esse instante, tenho medo...
Toc toc toc...meu Deus abençoe esse instante, tenho medo...
Seguindo o final do capitulo anterior - Capitulo IV - disse para si mesma:
TIRAR O CONVÍVIO COM O PAI PREJUDICA A FORMAÇÃO DA CRIANÇA - REPORTAGEM -
Tirar o convívio com o pai prejudica a formação da criança
A invenção de mentiras sobre o ex-parceiro provoca a sensação de abandono nos filhos
Por Especialistas Publicado em 7/3/2011
Alienação parental é quando um dos pais (geralmente o que tem a guarda da criança) inventa mentiras e calúnias contra o outro, acusando-o de coisas que não aconteceram, na intenção de colocar os filhos contra ele, destruindo qualquer sentimento positivo que o filho sinta pelo pai ausente.
Em sua grande maioria as alienadoras são as mães, mas a familia inteira pode praticar a alienação * (grifo meu) que ficam com a guarda dos filhos. São pessoas doentes, capazes de atos absurdos, provavelmente, fruto de uma separação muito mal resolvida e nada elaborada.
A raiva contra o ex-parceiro é descontada em atitudes absolutamente doentias e inconsequentes contra ele, a ponto de levar os filhos a acreditarem que foram abandonados pelo pai intencionalmente, que este "desistiu" deles, alimentando um sentimento muito ruim de rejeição e abandono que permanecerão para sempre em seu íntimo.
Em sua grande maioria as alienadoras são as mães, mas a familia inteira pode praticar a alienação * (grifo meu) que ficam com a guarda dos filhos. São pessoas doentes, capazes de atos absurdos, provavelmente, fruto de uma separação muito mal resolvida e nada elaborada.
A raiva contra o ex-parceiro é descontada em atitudes absolutamente doentias e inconsequentes contra ele, a ponto de levar os filhos a acreditarem que foram abandonados pelo pai intencionalmente, que este "desistiu" deles, alimentando um sentimento muito ruim de rejeição e abandono que permanecerão para sempre em seu íntimo.
A raiva contra o ex-parceiro é descontada em atitudes absolutamente doentias e inconsequentes contra ele, a ponto de levar os filhos a acreditarem que foram abandonados pelo pai intencionalmente
A identidade da criança e do adolescente se faz na interação com os pais, em primeiro lugar, e com o mundo. Esse convívio com o pai lhe é tirado à força, rompendo uma relação que poderia ser saudável e fazer toda a diferença em seu desenvolvimento como um todo. O prejuízo é a falta do afeto, do olhar do pai, do reconhecimento deste, e a ideia da mentira vai reforçar os sentimentos negativos da criança: "Não sou boa o bastante para o meu pai gostar de mim, ele nunca me amou".DISSO VEM TAMBÉM O : Não sou boa o suficiente para que outros não me amem. E vem que qualquer outro homem durante a vida deverá lutar por voce, literalmente, senão não será bom para voce" - grifo meu!
Um exemplo típico é a mãe provocar o sentimento de abandono no filho: "Olha como seu pai não liga pra você, nem telefonou no seu aniversário!" - quando o pai tentou de várias maneiras entrar em contato e foi devidamente impedido de acessar o filho - ou foi enganado com a afirmação da mãe de que o filho não queria falar com ele, quando aquele nem soube que o pai ligou.
Algumas mães chegam ao extremo de inventar falsas acusações de abuso sexual por parte do pai, pois este argumento garante a suspensão imediata da visitação. Como a justiça é lenta, até que se prove o contrário a mãe ganha tempo para bolar algo que afaste mais ainda a criança do pai.
Um exemplo típico é a mãe provocar o sentimento de abandono no filho: "Olha como seu pai não liga pra você, nem telefonou no seu aniversário!" - quando o pai tentou de várias maneiras entrar em contato e foi devidamente impedido de acessar o filho - ou foi enganado com a afirmação da mãe de que o filho não queria falar com ele, quando aquele nem soube que o pai ligou.
Algumas mães chegam ao extremo de inventar falsas acusações de abuso sexual por parte do pai, pois este argumento garante a suspensão imediata da visitação. Como a justiça é lenta, até que se prove o contrário a mãe ganha tempo para bolar algo que afaste mais ainda a criança do pai.
Há aqui a criação de uma falsa memória: a criança não tem a memória sensorial, porque não viveu aquilo, mas a mãe afirma que isso aconteceu. Cria-se um adulto dicotomizado, com uma crise de identidade: "Afinal, isso aconteceu ou não comigo?" Não confia em sua percepção das coisas, em sua memória. A criança simplesmente acredita no guardião, repetindo falas e atitudes deste. Ela é levada a duvidar do amor do outro. Mesmo que se sinta bem ao lado dele, vê-se na obrigação de negar isso para o outro.
Os filhos sentem-se "traindo" o outro quando passam um dia muito gostoso junto com o pai - a necessidade de cumplicidade com o que toma conta é mais forte e a lealdade a ele não pode ser ameaçada. Chantagens como: "Se você gosta dele é porque não gosta de mim!" são comuns e obrigam o filho a mentir para se resguardar dos ataques do outro.
Enquanto são crianças, os filhos não têm como ir atrás da verdade e nem como questionar o que acontece. Mas, um dia entrarão em contato com a realidade, e será bem difícil lidar com a descoberta de que o "algoz" era justamente quem estava todo o tempo ao lado deles.
É muito difícil eliminar a marca que fica, o ressentimento irá permear pelo resto da vida a relação com o pai que ficou longe, e isso, poderia ter sido evitado. Sempre aparecerá a tristeza, a agressão ou a sensação de abandono, de revolta. O filho tem a sensação de que o pai não lutou por ele, não o amou o suficiente para enfrentar as adversidades e garantir sua convivência com ele.
O triste é que o tempo perdido não volta mais. Toda a infância, desenvolvimento e conquistas do filho são tirados injustamente do convívio com o pai. Todos perdem (e muito!).
É possível reconstruir uma relação, mas jamais resgatá-la. Infelizmente.
Os filhos sentem-se "traindo" o outro quando passam um dia muito gostoso junto com o pai - a necessidade de cumplicidade com o que toma conta é mais forte e a lealdade a ele não pode ser ameaçada. Chantagens como: "Se você gosta dele é porque não gosta de mim!" são comuns e obrigam o filho a mentir para se resguardar dos ataques do outro.
Enquanto são crianças, os filhos não têm como ir atrás da verdade e nem como questionar o que acontece. Mas, um dia entrarão em contato com a realidade, e será bem difícil lidar com a descoberta de que o "algoz" era justamente quem estava todo o tempo ao lado deles.
É muito difícil eliminar a marca que fica, o ressentimento irá permear pelo resto da vida a relação com o pai que ficou longe, e isso, poderia ter sido evitado. Sempre aparecerá a tristeza, a agressão ou a sensação de abandono, de revolta. O filho tem a sensação de que o pai não lutou por ele, não o amou o suficiente para enfrentar as adversidades e garantir sua convivência com ele.
O triste é que o tempo perdido não volta mais. Toda a infância, desenvolvimento e conquistas do filho são tirados injustamente do convívio com o pai. Todos perdem (e muito!).
É possível reconstruir uma relação, mas jamais resgatá-la. Infelizmente.
Marina Vasconcellos - Psicóloga
texto extraído do site minha vida
http://www.minhavida.com.br/A FAMILIA - COMO ADMINISTRAR OS CONFLITOS - (?)
03/04/2011 - 07h00
Colaboração para o UOL Você pode não se dar conta, mas discussões de casal diante dos filhos podem marcá-los para sempre. Foi exatamente isso o que aconteceu com Paula (que prefere não revelar o nome), relações-públicas que mora em São Paulo e tem 30 anos. Emocionada, ela garante não acreditar mais no amor. Para ela, um dos motivos de sua vida amorosa ser tumultuada é resultado dos exemplos que teve em casa: constantes confrontos dos pais e a separação dos dois.
“Eles acabaram com o casamento deles e eu com o meu, no ano seguinte. Fiquei tão passada quando descobri uma traição do meu pai que acabei fazendo do problema deles o meu. Conclusão: meu ex não aguentou tanta pressão”, resume. Namorando há três anos outra pessoa, Paula diz ter a impressão de que a relação não vai decolar. “Quando me lembro das brigas que presenciei na minha infância e na adolescência, acho que não casarei e nem terei filhos”, diz ela, que afirma lutar contra esses pensamentos, mas é difícil não associar família a um ambiente conturbado.
“Queria que meus pais parassem de gritar comigo e minha mãe parasse de me xingar.” (menina de 6 anos - caso 32)
“Queria que meus pais não me batessem mais.” (menina de 7 anos - caso 21)
“Queria que meus pais parassem de brigar entre eles e meu irmão não brigasse tanto comigo.” (menino de 5 anos - caso 37)
Para Lidia Weber, professora e pesquisadora da UFPR, pós-doutora em desenvolvimento familiar, o comportamento dos pais tem sido um dos principais temas de pesquisa em relacionamento familiar nos últimos tempos, em todo o mundo.
“Sabemos, com certeza, que não basta ter ótimas práticas educativas. Os pais também devem ter bom relacionamento entre eles”, explica a especialista. “Uma abordagem integrativa e interdisciplinar inclui três relações de influências mútuas em uma família: mãe-filhos, pai-filhos e relação conjugal.”
Segundo Lidia, quanto mais os pais brigam entre si, mais a criança tem tendência de apresentar comportamentos denominados antissociais (brigar, mentir, praticar bullying, gritar etc.).
“Conflitos simples entre os pais não são apontados como problemas se o casal consegue resolver as diferenças. Porém, se as brigas continuam, podem levar a sinais de depressão, ansiedade e outros problemas transferidos às crianças”, explica.
A professora realizou uma pesquisa –junto com sua assistente de mestrado em Educação, Gisele Stasiak– com 40 crianças entre 6 e 7 anos de idade, pais e professores. O estudo revelou dados curiosos sobre a influência conjugal na vida dos filhos. Veja o que foi detectado:
Discussões para o bem
Kátia Teixeira, psicóloga da Equipe de Diagnóstico e Atendimento Clínico de São Paulo (EDAC), defende o valor da experiência das brigas conjugais para crianças e jovens em formação. “Acredito que o problema não está na discussão, mas, sim, em como ela é conduzida. Discussões fazem parte dos relacionamentos. Se um casal diverge em algo, não precisa omitir dos filhos. Mas essa conversa deve acontecer com respeito, sem ofensas, humilhações e, especialmente, sem violência, seja ela física ou verbal”, defende. “Casais que não se respeitam possivelmente facilitarão o surgimento de conflitos nos filhos.”
Lidia diz que os filhos podem aprender muito com as crises. "As pessoas brigam e se reconciliam, podem ter opiniões diferentes e se amar mesmo assim; podem se amar e brigar de vez em quando... É importante aceitar a opinião de outros e saber perdoar", explica ela. "Brigas ruins são compostas por insultos pessoais, expressões de hostilidade, xingamentos e agressão física. Discussões que levam ao aprendizado mostram expressões verbais de apoio ao outro, compreensão e empatia; cumplicidade e compromisso para resolução do problema”, diferencia.
Brigas dos pais afetam os relacionamentos dos filhos até a vida adulta
RENATA RODEColaboração para o UOL
- Crianças que presenciam brigas violentas dos pais têm mais dificuldades em se relacionar
“Eles acabaram com o casamento deles e eu com o meu, no ano seguinte. Fiquei tão passada quando descobri uma traição do meu pai que acabei fazendo do problema deles o meu. Conclusão: meu ex não aguentou tanta pressão”, resume. Namorando há três anos outra pessoa, Paula diz ter a impressão de que a relação não vai decolar. “Quando me lembro das brigas que presenciei na minha infância e na adolescência, acho que não casarei e nem terei filhos”, diz ela, que afirma lutar contra esses pensamentos, mas é difícil não associar família a um ambiente conturbado.
DEPOIMENTOS REAIS
A professora Lidia Weber fez a seguinte pergunta às crianças entrevistadas: "Se você pudesse fazer três pedidos para a fada madrinha realizar, quais você faria para ela mudar ou melhorar na sua casa, nos seus pais ou na sua escola?". Veja algumas respostas:“Queria que meus pais parassem de gritar comigo e minha mãe parasse de me xingar.” (menina de 6 anos - caso 32)
“Queria que meus pais não me batessem mais.” (menina de 7 anos - caso 21)
“Queria que meus pais parassem de brigar entre eles e meu irmão não brigasse tanto comigo.” (menino de 5 anos - caso 37)
Para Lidia Weber, professora e pesquisadora da UFPR, pós-doutora em desenvolvimento familiar, o comportamento dos pais tem sido um dos principais temas de pesquisa em relacionamento familiar nos últimos tempos, em todo o mundo.
“Sabemos, com certeza, que não basta ter ótimas práticas educativas. Os pais também devem ter bom relacionamento entre eles”, explica a especialista. “Uma abordagem integrativa e interdisciplinar inclui três relações de influências mútuas em uma família: mãe-filhos, pai-filhos e relação conjugal.”
Segundo Lidia, quanto mais os pais brigam entre si, mais a criança tem tendência de apresentar comportamentos denominados antissociais (brigar, mentir, praticar bullying, gritar etc.).
“Conflitos simples entre os pais não são apontados como problemas se o casal consegue resolver as diferenças. Porém, se as brigas continuam, podem levar a sinais de depressão, ansiedade e outros problemas transferidos às crianças”, explica.
A professora realizou uma pesquisa –junto com sua assistente de mestrado em Educação, Gisele Stasiak– com 40 crianças entre 6 e 7 anos de idade, pais e professores. O estudo revelou dados curiosos sobre a influência conjugal na vida dos filhos. Veja o que foi detectado:
COMPORTAMENTO DAS CRIANÇAS DIANTE DA RELAÇÃO CONJUGAL DOS PAIS
Quanto melhor a interação familiar, menos estressante é a relação entre pais e filhos |
Quanto mais as crianças percebem a desarmonia dos pais, menos regras os adultos colocam e mais elas são consideradas "difíceis" por eles |
Quanto mais as crianças percebem um clima conjugal negativo, menor o índice de habilidades sociais |
Quanto mais estressante a vida do casal, mais frequentes as punições físicas em relação às crianças |
Crianças cujos pais têm uma relação harmônico têm melhores relacionamentos com os amigos |
Discussões para o bem
Kátia Teixeira, psicóloga da Equipe de Diagnóstico e Atendimento Clínico de São Paulo (EDAC), defende o valor da experiência das brigas conjugais para crianças e jovens em formação. “Acredito que o problema não está na discussão, mas, sim, em como ela é conduzida. Discussões fazem parte dos relacionamentos. Se um casal diverge em algo, não precisa omitir dos filhos. Mas essa conversa deve acontecer com respeito, sem ofensas, humilhações e, especialmente, sem violência, seja ela física ou verbal”, defende. “Casais que não se respeitam possivelmente facilitarão o surgimento de conflitos nos filhos.”
- Se os seus filhos presenciarem uma briga séria, converse com eles depois e peça desculpas
SEIS DICAS DAS TERAPEUTAS PARA NÃO TRAUMATIZAR OS FILHOS
1. Evite ao máximo brigar seriamente na frente dos filhos, especialmente crianças pequenas, que acham isso assustador |
2. Lembre-se de que crianças são sensíveis, observadoras e perceptivas. Elas sentem facilmente tensões, segredos e mal-estar. Como não sabem as causas, podem achar que são culpadas pelos desentendimentos dos pais |
3. Leve em conta que brigar na frente dos filhos não é um bom comportamento; os pais devem ir a outro cômodo ou esperar os filhos dormirem |
4. Se os seus filhos presenciaram uma briga séria, é preciso que eles vejam a resolução da situação. Assim, aprenderão que conflitos são normais e podem ser resolvidos através da comunicação. Deixe claro que as crianças não são culpadas de nada |
5. Se saiu do sério, explique que a falta de controle foi um erro, em um momento de nervosismo, e peça desculpas |
6. Nunca, sob hipótese alguma, inclua os filhos em uma briga. Também não peça que eles tomem partido de um ou de outro, jamais |
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